O Viaduto Otávio Rocha, localizado no Centro Histórico de Porto Alegre, foi inaugurado em 1932, após 18 anos das primeiras tratativas, as quais previam a abertura de uma rua para ligar as zonas leste, sul e central da capital, até então isoladas pelo chamado "morrinho“. As escavações que rebaixaram o morro e permitiram a construção do Viaduto tiveram início com o plano de embelezamento da cidade.

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Atualmente, sob seus arcos e escadarias, o Viaduto Otávio Rocha possui 34 lojas de diversas atividades, como lancherias, artesanatos, discos e fitas, serviço de fotocópias, produtos para mágicos, relojoeiros, lotéricas, artigos religiosos, barbearias, material fotográfico, uma loja da Agadisc - com CDs independentes de músicos gaúchos - e uma loja da Etiqueta Popular, projeto da SMIC de incentivo ao comércio de artesanato e confecções. Já sobre seus arcos, nas escadarias, funcionam bares, restaurantes, academias de musculação e o Teatro de Arena.

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Por suas marcantes características arquitetônicas e urbanas, bem como pela relevância sociocultural, o Viaduto foi tombado como patrimônio de Porto Alegre em 1988. Entretanto, a construção encontra-se abandonada e mal conservada: durante o dia, quem passa por suas escadarias não pode andar tranquilamente, pois o perigo de assalto é iminente; já durante a noite, moradores de rua em vulnerabilidade social acampam sob os arcos.

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Com isso, promover um espetáculo multicênico que ocupa o Viaduto Otávio Rocha em sua totalidade traz visibilidade, chamando a atenção não apenas para as condições da construção, como também para aqueles que por ali transitam – pedestres, comerciantes, frequentadores do comércio, pessoas em condição de vulnerabilidade social –, desta forma trazendo à luz uma reflexão para as possibilidades de revitalização do espaço através de atividades artísticas que ocupam e ressignificam o espaço urbano por meio da integração entre diversas formas de arte.

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